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domingo, 20 de junho de 2010

Aconteceu com migo ...



Lembro-me daquela tarde de são João (24 de junho de 2009) devia ser umas 03:45 após uma discutição com minha mãe. Quando me veio às lembranças de tudo que já tinha passado na minha vida resolvi avaliar os momentos bons e os ruins no momento eu me encontrava tão entristecida com o mundo que os momentos bons e felizes fugirão das minhas lembranças e só me restarão lembranças dos momentos ruins e tristes, momentos infelizes aquilo fizera com quê eu chorasse muito, pois na minha concepção naquele dia percebi que os momentos infelizes estavam pesando, mas que os felizes fazendo assim que eu pensasse que na minha vida foram poucos os momentos felizes que eu tive então me veio juntamente com as lembranças pensamentos negativos e estratégias estúpidas para acabar e fugir dos meus problemas (sofrimento) resolvi naquela tarde acabar não só acabar com os meus problemas e sofrimentos como também acabar de vez com a minha vida (se é que eu poderia chamá-la assim) me vi naquele quarto só sem forças e coragem de sair para tentar tirar aquela idéia da cabeça que eu no fundo eu sabia que era estúpida e que não era o melhor caminho.Eu chorava muito pois embora eu querer tirar minha própria vida lembrava que tinha pessoas que eu amava muito e que não poderia mas vê-las.
Mas naquele momento a minha angustia e sofrimento falava, mas alto que tudo! Minha alma sangrava por dentro, ela gritava e suplicava por ajuda, mas infelizmente ninguém percebia o meu suplico e pedido de atenção ou quem sabe eu não soube demonstrá-lo.
Lembro-me de ter levantado daquele colchão em que eu me encontrava deitada me dirigir até a sala e debrucei-me sobre a janela que dava de frente a rua onde eu moro. Fiquei observando algumas crianças brincando comemorando a data de festejo e comecei a indagação em silêncio.
-Por que minha vida não esta assim??? Em festa...
-por que na minha vida só acontece coisas ruins???
Ouvi os passos da minha mãe e corri pro meu quarto pra ela não perceber que eu estava chorando. Então ela exclamou num tom rude e chateado.
-Feche a janela! Eu quero a minha janela fechada.
Naquele momento a fúria tomou conta de mim, veio o pensamento.
-isso é vida??? Eu não posso nem observar a rua da janela da minha própria casa!!!
-e no momento nem posso sair, pois ela (mãe) tomou minhas chaves na noite passada e o portão se encontra trancado meus pensamentos foram interrompidos quando ouvi de longe minha mãe murmurando furiosa ao meu respeito foi quando falei pra ela.
-Se você for começar a falar de novo me diga que eu vou sair!
Aquelas palavras que sairão da minha boca foram o suficiente para aumentar a fúria dela, ela começou a gritar dizendo que eu só queria curtir, saber de rua não sabendo ela que as vezes que eu saia era só a procura daquilo que eu não encontrava dentro de casa (atenção) ela falava alto e aquilo estava me irritando falei a ela que eu tinha passado a noite anterior na casa de ires (minha irmã), mas ela nem parava pra me ouvir, ela gritou exclamando
- vou conversar com ires e vou dizer a ela que se ela quiser te levar pra curtição que ela te assuma de vez
(eu rir por dentro num pensamento irônico)
Perguntei-me...
-curtição???
-Passar a noite dentro de casa conversando sobre coisas furteis ééé curtiiição??
Então exclamei em voz alta.
-você não sai pra se diverti e não quer que eu saia?
Poiis saiiio mesmo, pois tenho direito a lazer!
Ela veio feito um cão bravo sobre mim me mandando ir embora mandando que eu saísse de dentro de casa
-não saio porque eu não tenho pra onde ir!
E ela debateu achando a solução.
–vá morar com ires ela não é sua irmã???
Exclamou num tom irônico

Faaleii...
- você disse certo, irmã não mãe e pai, mas já que quer que eu vá embora jogue minhas roupas La fora que eu saio da sua casa
Ela enfurecida jogou sobre mim as minhas malas já prontas
Naquele momento não tive, mas palavras para debater contra as dela
Fiquei muda as minhas palavras se resumirão em lagrimas e silêncio!
Deitei-me ignorando-a
Os pensamentos negativos martelavam, mas e, mas na minha mente eu levantei e comecei a recolher todos os medicamentos da casa. Meu coração estava coberto de ódio penseii...
Eu não tenho nem o amor de meus pais o que, mas eu quero neste mundo??
Miinha viida estava sendo destruída aos poucos! Resolvi acabá-la de vez
Fuii até a cozinha e preparei todos os tipos de chás que tinha La e levei pro meu quarto junto com os medicamentos que eu tinha recolhido eram, mas de 90 comprimidos de analgésicos a acalmantes. Lembrei de alguns medicamentos que tinha no quarto de meu pai resolvi pé galos encontrei sobre a cama dele um sinto de couro peguei o sinto e os remédios e me dirigir ao meu quarto olhei no relógio era 5:15 da tarde,resolvi escrever uma carta antes de tentar o suicídio abrir a gaveta onde se encontrava miinhas canetas e meu caderno quando abrir o caderno percebi que tinha caído algo de dentro ,eram algumas folhas dobradas abriiir,era alguns pensamentos meus que eu tinha escrito á poucos diiias passados ,Comecei a ler era juros de mudanças ao qual alguns destas juras eu até já tiinha posto em prática
(mas pra quê mudar se meus pais só enxergam os meus defeiitos??? Me pergunteii.)
Amasseiii aquelas folhas ao qual se encontrava escritos em versos os meus desabafos do
Diiia adiiia e joguei ao chão e comecei a escrever frases que me vinha à mente...
“Se for para viiver neste mundo sofrendo prefiro ficar assiiim... (me imaginei já morta)
... “Presa no meu subconsciiiente dormiindo pela eterniidade” pegueiii uma foto miinha em formato de coração que acheiii na sacola do meu paii e no verso tiinha escriito miinha fiilha Ingrid.
Riiisqueii a frase posta pôr ele e escrevii momentos que não voltaram, mas graças a vocês naquele momento me veio à mente palavras negatiivas que ouvii da boca deles,
((tipo) você é a vergonha da Familia, você não vai conseguir ser alguém na viida poiis você não é como ires, e outros tantos tiipos) escrevii... Agradeçam a seu deus pôr as pessoas não saberem quem vocês realmente são. Mas olha ele esta vendo tudo e ele cobrara de vocês!
E a vocês só desejo feliiciidades pode soltar fogos como disseram que fariam!
Lembram que disseram que eu era tão ruim que nem a morte me queria?
Lembra mãe que você disse que quando você estava grávida de mim tomou um monte de medicamento tentando um aborto e ainda assim eu estava viva de tão ruim? Poiiis éé hoje a morte me abraça e vou feliiz!
“As lagriimas que vocês me fizeram derramar vão viirar mar de perseguição e vão perseguir vocês pelo resto das suas viiidas.
Me olheii em um pedaço de espelho e imagineiii... Miinha viida esta Como este espelho ela não tem, mas conserto fiiz destas palavras, mas um verso no papel e penseii...
Se eu for escrever o que eu estou sentiindo neste momento acabarão as folhas do caderno e ainda assim eu não expliicariia o meu sentiimento e estado emociional. Naquele momento guardei o caderno e Coloquei em volta do meu pescoço entrelaçado o sinto de couro tentando acabar com, o nó na miinha garganta Aperteiii com força tentando me engargelar vii faltando a respiiração por uns 30 segundos quando afrouxei o sinto batendo sobre o meu própriiio rosto exclamando...
-CORVARDE! NÃO PRESTA NEM PRA TIIRAR SUA INUTIL VIIDA???
Resolviii então me intoxicar com os mediicamentos e chás, eram muitos remédiiios
Enchi as miinhas mãos com os compriimiidos como criiança enche as pequenas mãos de doces
Eu engolia-os como se fossem jujubas enchia a boca e bebiia os chás um atrás do outro depois de uns 30 minutos após ter tomado aqueles remédios e chás a minha cabeça ficou pesada tudo estava escurecendo Entre lagrimas e sorrisos
Eu exclamava
-Acabou! Eu não vou, mas sofrer...

Tentei me levantar porá ver pela última vez aquela tarde que se ia com o pôr do sol e minha vida.
No momento que eu levantei as minhas pernas não suportarão, mas o meu peso e eu caí.
Daquele dia é só o que me lembro!
No dia seguinte senti uns leves chutes nas minhas pernas e uma voz longe...
-esta morta?
Era minha mãe que interrogava com ironia sem saber ela que na noite passada eu tinha tentado suicídio, continuei deitada em silêncio.
Ela foi trabalhar tentei me levantar para ir ao banheiro, mas minha tentativa foi em vão, pois não tinha forças pôr estar nos efeitos dos medicamentos ali mesmo eu me urinei e vomitei.
E naquele estado eu tornei a cai no profundo sono. As horas se passarão e a tarde já se apresentava quando eu levantei tombando pela casa eu não acreditava que ainda estava viva.
E Dei-me conta da burrice que eu tinha Cometido tentando tirar minha própria vida
Fui ao banheiro e vomitei bastante me assustei quando vi aqueles golfos de sangue eu ainda estava tonta pelo efeito dos medicamentos sentei-me no chão do banheiro e tomei banho molhando a cabeça pra vê se amenizava aquele abafamento terrível qual eu sentia, após o banho
Sai na frente de casa à claridade incomodava as miinhas vista, mas resolvi sair em busca de ajuda, mas pôr incrível que pareça ao caminhar pelas ruas eu não via ninguém às ruas estavam completamente vazias como eu ainda estava tonta resolvi ir para a rua da igreja, pois era um lugar, mas próximo de casa.
Não tinha movimento no local naquele fim de tarde, foi quando se aproximou uma senhora aproximada-mente com seus 39 anos e tocou ao meu ombro exclamando...
- já tem alguns minutos eu te observando tenho notado um semblante não muito feliz posso ajudá-la?
Respondi com um sorriso forçado tentando esconder as lagriimas
-Não! Esta tudo bem senhora obrigado
-Como esta tudo bem você esta chorando?!
-São problemas pessoais a senhora não entenderia!
-Tudo bem já que você não quer falar! Mas não chora não, pois as suas lagrimas não vão resolver seus problemas e sim suas atitudes seja qual for o seu problema levante a cabeça e acredite que você pode inverter suas lagrimas em sorriso basta você querer e acreditar boa sorte espero que dê tudo certo pra você! tenho que ir agora
Aquela senhora despediu se com um aperto de mão e um sorriso aparentemente Sincero
Agradeci as palavras retribuindo o aperto de mão com um sorriso meio choroso
Aquelas palavras foi como remédio para mim meu coração já não gritava tanto com suplico de socorro aquelas palavras me fez lembrar os bons momentos que já vivi ao lado de pessoas especiais que me amavam de verdade o sol estava se pondo e mais uma tarde ia embora fui caminhando para a praça central (SESI) e me sentei como se nada tivesse acontecido, mas meus amigos perceberão que eu não estava tão bem como parecia resolvi conta pra uma amiga o fato ocorrido ela me ouviu paciente e me confortou apenas com um abraço bem forte e lagrimas exclamando
–Sua doida tirar sua vida pôr isso? Você vale, mas que qualquer coisa se não pra uns tenha certeza que pra outros
No momento percebi que ainda existem pessoas que realmente se importavam comigo
Fomos até o hospital fui examinada e fiquei no soro após receber um monte de sermão do medico recebi alta e ela me chamou para ir pra sua casa recusei o convite e retornei para a praça e fiquei sentada pensando na minha vida
Era tarde da noite e a praça estava esvaziando-se foi quando percebi um tio e um primo meu se aproximando
-Onde você estava? Você e doida quer matar sua mãe?
Indagou meu tio cheio de fúria!
Simples-mente o enginorei
-Vamos pra casa sua mãe esta La mesmo que doida por sua causa
-Eu não vou voltar pra casa! Exclamei
-Meus filhos não me dão trabalho pra você vim me dar eu vou embora e vê que var pra casa

- Se fosse por minha vontade você nem aqui tinha vindo veio porque quis
Ele foi embora e meu primo que com ele estava disse
- eu vou levar ele e volto não saia daí não ta!
Percebi a diferencia entre eles um já veio me enchendo sem nem perguntar o fato ocorrido e já o outro não falou nada apenas me ofereceu a sua companhia, permaneci sentada na praça após alguns minutos eu pude ver minha irmã e meu cunhado ela aparentava esta com bastante fúria, mas ainda assim não me tratou com ignorância eu estava decidida a não voltar pra casa meu cunhado com seu jeito brincalhão me fez até sorrir no meio de tantas coisas acontecidas naquele dia
Seguir com eles em direção ao carro e fomos pra casa da minha mãe minha irmã quis ir La avisar a minha mãe que tinha me encontrado e para ela ver que eu estava bem
Fiquei do carro mesmo, com meu cunhado e minha irmã subiu após uns minutos percebemos que minha irmã estava discutindo com meu pai meu cunhado a chamou e fomos para a casa dela fiquei com medo dela me encher de sermão e não querer saber o porquê da minha atitude mas não ela apenas disse amanhã vou pro trabalho vá ao medico se consulte e depois conversamos fui dormi aquela foi a noite mas especial da minha vida pois eu estava viva!
Passei um tempo com minha irmã até eu me estabilizar emocionalmente, e as coisas foram mudando pra mim comecei a trabalhar entrei na academia e fui percebendo que apesar das dificuldades e turbulências que a vida nos impõe ela e gotosa e temos que aproveitá-la da melhor maneira possível percebi que é através das dificuldades que procuramos nossa melhora
Pude vê que tem milhares de pessoas em situações piores que a miinha e ainda assim não tinham medo de viver não se amedrontava com as dificuldades e sofrimentos o que aconteceu comigo naquele dia me fez abrir os olhos e enxergar a vida de outra maneira descobrir que antigamente eu apenas respirava e existia pôr existir

Hoje eu vivo!
Vivo independente de ganhar ou perder!
Vivo independente das turbulências e dificuldades!
Vivo independente do que as pessoas sentem pôr mim ou pensão ao meu respeito!
Vivo sem medo do que vou encontrar durante a minha caminhada!
Vivo intensamente sem medo de chorar ou errar!
Vivo como se fosse o último dia da minha vida!
Vivo para as verdadeiras amizades!
Vivo paro o verdadeiro amor!
Vivo não só pôr viver!
Pois tenho certeza que não existo só pôr existir!

Um comentário:

Anônimo disse...

Me surpreendi com sua história...
Não sabia q já tinha passado por coisas assim...

Ainda bem q tomou juízo...

Uma das coisas q aprendi tb é q não devemos desistir de lutar...

A vida é um presente e temos a aproveitá-la da melhor forma possível... =)